24.8.04

Pançês 7

12• As conversas são como as cerejas: quanto mais a gente as come, mais nos apetece comer. Vêm umas atrás das outras, tal como os colares que se compram nas feiras e que, quanda queremos escolher um, nunca sabemos se o k trouxemos é mesmo o k keríamos... Mas, conversas e colares à parte, conversar é um acto sublime, magnífico, estimulante e admirável.
Até acontece, por vezes, a gente por-se a conversar horas a fio, e depois de termos dito imensas coisas super interessantes e de termos ouvido outras tantas ainda mais importantes, quando queremos lembrar-nos do que foi dito... não nos ocorrer absolutamente nada! Partida da memória, ou será que outro motivo nos escapa?!... Inclino-me mais para a segunda possibilidade: é k, à força de tanto tartamudear a língua, perdemos a capacidade de verbalizar algo cujo sentido se lhe perceba e, por isso, dificilmente será podermos mais tarde recordar seja o k for das nossas elevadas reflexões ou profundas conversas...
Por isso, mais vale refugiarmo-nos na milenar sabedoria oriental, e seguir o conselho de um antigo provérbio japonês: "Se tiveres um guarda xuva enfiado no cú, não o abras"...

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