E então, quando se começa a falar acerca de tempo, necessária e invariavelmente se termina a falar de flores. Assim vai o mundo!...
Porque ainda era ontem quando eu comecei uma conversa com um amigo meu e, vai daí, ele pergunta-me se ainda era hoje e eu, como é lógico, tive de lhe responder que não, já era amanhã...
estas coisas do tempo são assaz deveras incomodativas, porque ou se tem o relógio biológico bem acertado, ou não há conceito de tempo — por mais concreto e absoluto que se queira que seja! — que resista.
É que ontem hoje e amanhã não passam do mesmo... pois. É como as flores. São flores e pronto. Ele há flores mai coisas e flores menos assim; há ramos de flores e canteiros de flores... mas são flores. E o tempo é o mesmo: quer chova, quer faça sol, é sempre ontem, hoje ou amanhã. E o mais engraçado é que se estiver vento ou o céu nublado, acontece o mesmo!
Que raio de coisa, que uma pessoa tá hoje tão bem descansada, e de repente dá-se conta de que afinal, já não é hoje, mas amanhã e, pra cúmulo, não estava nada hoje, mas era ontem... E depois a gente ainda se queixa de perder as contas a quantas anda...!
Razão tinha o outro: "C'a puta de criatura!" Vá-se lá saber porquê...
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