24.12.04

Pançês 13

18• Não sei quem disse que "a vida é uma doença incurável, cuja taxa de mortalidade é 100%". É capaz de ter razão; mas andem por aí alguns que já ultrapassarem o prazo de validade há muito tempo!!!
E que dizer da época das natalices? É só paz e amor, só cretinices, pa dar tudo em nada. É como aquela família em que ninguém se falava, mas que todos os anos se juntava na noite de natal, pk é preciso manter as aparências... Ah! bela taxa de mortalidade, k anda tão mal distribuida... Num dar uma caganeira a estes gaijus todos, pa decidirem mandar construir retretes em vez de mandar por luzinhas a piscar plas ruas!!! E quantos caixotes de lixo se colocavam com akilo k se gasta com estas futilidades de uma semana?!...
Detesto o natal. Que não tem nada a ver com a celebração religiosa cristã.

8.12.04

o martelo

Friedrich Nitzsche tem uma obra com um sub-título assaz interessante; é o único livro que consegui não ler até ao fim. Não me deixaram. O crepúsculo dos ídolos ou como filosofar com um martelo. É que a leitura do livro coincidiu com um período em que estive à beira de "perder a razão" (?!), e afastado de tudo o que pudessem ser influências nefastas e nefandas ao meu depauperado espírito, o desgraçado do livro lá continua na estante, memória desses tempos, sem nunca mais lhe conseguir pegar. E nem preciso. Não têm faltado por aí discípulos incógnitos que vão pondo em prática da forma mais soez e incauta os pensamentos daquele luminar do nihilismo existencialista. Mas se Nitzsche aplicava a si próprio — assumindo na sua forma de estar na vida, até às últimas consequências — o martelo do pensamento, já os seus seguidores do presente, do alto das suas cadeiras de poder em que se alçaram, impõem a outrém o pensamento do martelo... Estranha inversão, cujas consequências grandes amargos de boca nos fazem saborear...
"Sic transit gloria mundi!..."